sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Discurso de um mundo perfeito: A Universidade


Acabei de chegar e logo encontro um velho amigo que esperava-me na entrada.  Niil, era um homem desprovido de fé, mas bem realístico. Enquanto andávamos pelas “ruas” da Universidade, ele me mostrava o que havia no interior da matéria, e não o que se ver quando se está sentimentalmente “feliz” com aquela coisa que é necessária a todos os homens, a ilusão.
Logo depois, enquanto me despedia do meu velho amigo Niil, percebi a realidade por si mesma. Eu vi uma gigantesca máquina de modelagem, modelando objetos da mesma natureza. Essa máquina era subordinada a um Sistema maior que necessitava desses objetos e que eram controlados por um certo senhor conhecido como “mercado”; um senhor muito rígido e autoritário, do qual já tinha ouvido falar. A gigantesca máquina modelava os objetos, imprimindo neles um certo conhecimento utilitário, onde quem melhor fazia uso desse conhecimento, poderia ser selecionado por aquele certo senhor. Uma vez selecionados, os objetos eram levados ao Sistema, encaixados nos espaços reservados para eles, e com isso eles mantinham o Sistema em funcionamento, pois as velhas engrenagens eram substituídas umas pelas outras de tempo em tempo, devido ao desgaste.

Algum tempo depois, fui informado que aquele velho amigo foi preso, julgado pelo Sistema e sentenciado a morte existencial, simplesmente por uma razão: ele possuía um espírito livre. (Ian)

Discurso de um mundo perfeito

Quando se diz que toda a esperança se foi, a maioria ainda acha tal proposição uma loucura. A compreensão viva só é possível pela experiência. A maioria simplesmente não experimentou o mundo na sua forma despida e vive em uma ilusão que é, no entanto, necessária para que se mantenha o curso da vida até a velhice, até a morte. Esse mundo necessitava de uma Redenção. (Ian)

sábado, 22 de novembro de 2014

O voo no vácuo

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Como no profundo oceano,
Fenômenos eternos desconhecidos
Um Verbo, um Humano
Os Teus seres em si escondidos

Profundeza em palavra incolor
E eu mais fraco em Tua fraqueza
Um pintor sem cor
Humana natureza

Teu coração é de letras infinitas
Minha razão se perde
Em torno de mim gravitas
Onde teu voo desferes (Ian)

Em Aristóteles eu encontro...


...Assim como a visão esta no olho, a razão está na alma, e assim como a calma está no mar, está a falta de vento no ar.

...É impossível lembrar-se de nada que não pertença ao passado.

Se a adição de uma coisa a outra faz com que esta outra se torne boa ou
branca, quando anteriormente não era boa nem branca, então a coisa acrescentada será branca ou boa — isto é, possuirá o caráter que comunica ao todo. Por outro lado, se a adição de alguma coisa a um dado objeto intensifica o caráter que ele possuía tal como foi dado, então a coisa acrescentada possuirá, ela mesma, esse caráter

 Porque, se a coisa acrescentada não torna a outra boa, nem por isso e evidente que ela mesma não seja boa: com efeito, a adição do bom ao mau não faz necessariamente com que o mau se torne bom, como a adição do branco ao preto não faz com que o preto se torne branco.


Pois não e forçoso que um contato seja uma união; antes pelo contrario, a união e que deve ser um contato: pois o que esta em contato nem sempre se une, embora o que se une esteja sempre em contato.(Aristóteles, em Tópicos)

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O Espirito e a Letra (8)

Eu lia um texto, abandonando toda a ideia preconcebida que tinha na minha mente ou que tinha sobre o texto que estava lendo, e lia e relia o texto muitas vezes, até que de repente algo vinha na mente, algo que nunca tinha pensado antes, e que nunca tinha percebido, e o sentimento que eu tinha com tal entendimento era tão forte, e fazia tanto sentido essa compreensão, que eu não conseguia refutar; minha razão não conseguia encontrar nada de errado nesse entendimento. Eu achava que tinha encontrado a verdade sobre aquele texto. E no final a minha obrigação era simplesmente tornar aquilo vivo em mim, como tornar o verbo em carne. (Ian)

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Encontro em fragmentos

 Pensando, intuindo e percebendo aquelas verdades que para serem apreendidas pelo espirito não necessitam de raciocínio, e ao mesmo tempo são racionais.(Ian)

terça-feira, 16 de abril de 2013

A CONDIÇÃO HUMANA, DARFUR E DESMOND TUTU


Nesse tempo linear e cronológico que nos coloca diante da grandeza e da miséria da condição humana, observamos a grandeza daqueles que se levantaram em épocas, onde a maioria anônimos, lutaram para tornar a vida no mundo suportável e a miséria dos que usaram da fraqueza desses pequeninos para atingirem objetivos desumanos e egoístas. O descaso com a vida. Diamantes que tornam os homens loucos. Poder. Em um exemplo atual, encontramos Darfur e uma guerra civil, onde milhares de famílias fogem em busca de campos de refúgio para a sobrevivência. Consequências de uma ditadura do Capital? Parece que se tornou comum aos olhos mais casos de insanidade, serial killers, almas destruídas, violência gratuita?
Não deve existir sentimento de culpa se as borboletas estão no aquário, mas tão somente a conscientização que produz uma visão global da vida; e a verdade é que Deus não vai abrir esse mar como da ultima vez; de humanos para humanos, talvez um coração como o de Desmond Tutu seria o suficiente.(Ian)