sábado, 22 de novembro de 2014

O voo no vácuo

·          
Como no profundo oceano,
Fenômenos eternos desconhecidos
Um Verbo, um Humano
Os Teus seres em si escondidos

Profundeza em palavra incolor
E eu mais fraco em Tua fraqueza
Um pintor sem cor
Humana natureza

Teu coração é de letras infinitas
Minha razão se perde
Em torno de mim gravitas
Onde teu voo desferes (Ian)

Em Aristóteles eu encontro...


...Assim como a visão esta no olho, a razão está na alma, e assim como a calma está no mar, está a falta de vento no ar.

...É impossível lembrar-se de nada que não pertença ao passado.

Se a adição de uma coisa a outra faz com que esta outra se torne boa ou
branca, quando anteriormente não era boa nem branca, então a coisa acrescentada será branca ou boa — isto é, possuirá o caráter que comunica ao todo. Por outro lado, se a adição de alguma coisa a um dado objeto intensifica o caráter que ele possuía tal como foi dado, então a coisa acrescentada possuirá, ela mesma, esse caráter

 Porque, se a coisa acrescentada não torna a outra boa, nem por isso e evidente que ela mesma não seja boa: com efeito, a adição do bom ao mau não faz necessariamente com que o mau se torne bom, como a adição do branco ao preto não faz com que o preto se torne branco.


Pois não e forçoso que um contato seja uma união; antes pelo contrario, a união e que deve ser um contato: pois o que esta em contato nem sempre se une, embora o que se une esteja sempre em contato.(Aristóteles, em Tópicos)

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O Espirito e a Letra (8)

Eu lia um texto, abandonando toda a ideia preconcebida que tinha na minha mente ou que tinha sobre o texto que estava lendo, e lia e relia o texto muitas vezes, até que de repente algo vinha na mente, algo que nunca tinha pensado antes, e que nunca tinha percebido, e o sentimento que eu tinha com tal entendimento era tão forte, e fazia tanto sentido essa compreensão, que eu não conseguia refutar; minha razão não conseguia encontrar nada de errado nesse entendimento. Eu achava que tinha encontrado a verdade sobre aquele texto. E no final a minha obrigação era simplesmente tornar aquilo vivo em mim, como tornar o verbo em carne. (Ian)