segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O espírito e a letra(6) A Biblia - Dietrich Bonhoeffer

Não se pode simplismente ler a Biblia como um outro livro qualquer. 
Mas deve-se está pronto realmente para questiona-la. 
Só desta forma ela se abrirá.
Somente quando esperamos dela a última resposta, ela nos dará.
Isso ocorre justamente porque na Bíblia Deus fala conosco.
e sobre Deus pode ser não tão fácil pensar por si mesmo, mas você vai ter que questionar.
A Bìblia quer ser a Palavra, pela qual Deus quer se deixar encontrar.
Não há lugar que seria aceitável ou razoável desde o início, mas um lugar estranho a nós em tudo que é totalmente repugnante. 
 Mas apenas o lugar onde Deus escolheu para nos encontrar. 
(Dietrich Bonhoeffer)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O espírito e a letra (5) - Superficialidade

Salmos:1.1-20...  Jeremias: 25.25... Lucas 11.12, só a parte "a"... Romanos 12.5, só a parte "b". O que significa isso? Isso não passa de referências biblicas.
Mas para ir logo direto ao ponto,o quero dizer citando essas referências é que elas não tem nada a ver com que estou escrevendo, mas sim com a incapacidade dos pregadores de expor a veracidade do texto como de fato lhe é digno. O que vejo são textos sem contexto, referências aleatórias, versículos lidos em partes como por exemplo, esse negócio de parte "a", "b" e por aí vai; ou seja são coisas que não devem existir quando se trata de pregar a palavra de Deus.
Não há outra explicação sobre isso do que dizer que alguém que pratica estas coisas, usa os escritos biblicos para falar somente aquilo que lhe é importante, desprezando a essência. 
A causa de tantos ensinamentos falsos, doutrinas de igrejas, até credos, é a superficialidade da leitura biblica pelos mestres da lei e os lideres religiosos das igrejas hoje e isso gera uma alienação da realidade em que vivemos e nos torna pessoas cada vez mais distantes da verdade revelada em Cristo.
Todo texto tem seu contexto, por isso está errado a forma de pregação, usando versículos ao acaso só porque tem alguma "coisinha" a ver com que se está falando; é proibida a leitura de partes de versículos como disse acima parte "a","b",  está errado usar as emoções como pretexto sobre a pregação e está errado qualquer forma de utilização das escrituras para o bem ou interesse pessoal.
Você sabe  porque que existem tantas heresias, tantos ensinamentos errados, tantas pessoas presas a regras humanas, tantos religiosos e por aí
vai... por causa da má instrução daqueles que se dizem "chamados" por Deus para anunciar a sua palavra e isso resultou depois de tantas gerações um sistema religioso em que tem que ser desse jeito, porque se não for, então não é de Deus; e pensar que Deus está preso ao sistema religioso, seria esvaziar-lo de quem ele é. Nós perdemos a essência, e agora? (Ian)





segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Inimigos Carnais

"E eu que pensava que lutava
contra gigantes, na verdade
eu lutava contra moinhos de vento"(Ian)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Retorno a simplicidade

"Além das montanhas,
observava uma alma angustiada
e triste... nada fazia sentido...
as aves nadam, os peixes voam,
anjos caminham sobre a terra e 
homens passeiam nas dimensões celestiais;
e pensar que eu via um menino na linha do horizonte 
assistindo o pôr do sol." (Ian)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A Lei - (2)

Nesta segunda parte quero mostrar a relação entre a Lei e a natureza humana. Então como base tenho o texto de Romanos: 7.

*Romanos: 7.1- 6
Paulo começa falando para os que tem o conhecimento da Lei, citando como ilustração o casamento; onde ele diz que uma mulher só está debaixo da lei do casamento quando seu marido ainda estiver vivo; se o marido morrer ele estará livre desta lei e se ela casar com outro homem não cometerá adultério. Paulo usa essa ilustração para explicar que nós já morremos para a Lei; a Lei desperta os desejos pecaminosos do coração humano, logo libertados da lei pelo o corpo de Cristo, agora servimos a Deus não mais pela a Lei escrita e sim pela Graça que é o novo modo do Espírito.

Daqui em diante quero expor versículo por versículo a ação da Lei no indivíduo.


*Romanos 7.7:
"Que diremos então? A Lei é pecado? De maneira nenhuma! De fato, eu não saberia o que é pecado, a não ser por meio da Lei. Pois, na realidade, eu não saberia o que é cobiça, se a Lei não dissesse: "Não cobiçarás"

A Lei torna o indivíduo consciente do pecado, de sorte que antes da Lei Paulo diz que Deus em sua tolerância não puniu os pecados cometidos por aqueles que estavam sem a Lei, mas com a vinda da Lei o pecado é conhecido, ou seja, aquilo que alguém fazia simplismente por seguir sua natureza pecaminosa, o fazia porque era isso que devia fazer, porque é pecador, agora tem a conciência de que o que fazia era pecado. Por exemplo quando a Lei diz que não se deve cobiçar, aquele que antes cobiçava simplismente o fazia porque era a sua essência cobiçar, mas agora com a Lei o indivíduo sabe que o que ele fazia era pecado, ou seja, ele está consciente do pecado; agora ele sabe que se cobiçar vai pecar e se pecar vai sofrer as consequências do seu pecado.


*Romanos:7.8
"Mas o pecado, aproveitando a oportunidade dada pelo mandamento, produziu em mim todo tipo de desejo cobiçoso. Pois, sem a Lei, o pecado está morto."

Agora o indivíduo  conciente do pecado vai pecar porque o pecado que habita nele usa o mandamento para criar nele o desejo de pecar, então isso quer dizer que o indivíduo já peca antes de pecar no sentido de cometer o ato, ou seja, o pecado não está em realizar o ato, mas sim em querer fazer o ato. Por exemplo, a Lei diz que nao se deve mentir,o indivíduo sabe que se ele mentir vai sofrer a condenação, então ele sabe que não pode mentir em hipótese alguma, mas ao mesmo tempo ele quer mentir e se ele quer fazer isso ele já pecou, e se já pecou, então já está condenado; é por isso que Paulo diz que sem A Lei o pecado está morto; isso significa que sem a Lei o indivíduo não tem consciência do pecado, logo ele não sabe que está mentindo ou cobiçando, porque é natural dele, é ele.


*Romanos 7.9 - 11
"Antes eu vivia sem a Lei, mas quando o mandamento veio, o pecado reviveu, e eu morri. Descobri que o próprio mandamento, destinado a produzir vida, na verdade produziu morte. Pois o pecado, aproveitando a oportunidade dada pelo mandamento, enganou-me e por meio do mandamento me matou."

Quando o indivíduo não conhecia a Lei o pecado estava morto, porque não tinha a consciência dele, mas quando a Lei entra no mundo o pecado recebe vida e mata-o. A força do pecado é a Lei, diz Paulo, então o que alimenta o pecado no indivíduo é a Lei. Se o  mandamento diz que não se deve matar, o pecado que habita no indivíduo usa o mandamento para despertar nele o desejo de matar, ele não pode matar, mas quer matar, e aí ele peca, e então morre. A Lei fortalece o pecado existente no coração humano. O mandamento que era para fazer o que Cristo veio fazer que era produzir vida, produziu morte, por que que produziu morte? Porque  o pecado usando o mandamento fez despertar no indivíduo o desejo de matar, pela a Lei ele não pode e nem deve fazer isso, mas como ele deseja, ele já se torna impuro, como disse Jesus que o que sai do homem é o que o torna impuro.


*Romanos 7.12
"De fato a Lei é santa, e o mandamento é santo, justo e bom."

A Lei em si é santa, logo ela veio para santificar o ser impuro; o mandamento é santo, então veio para produzir santidade, justiçã e bondade no ser impuro, pecador e mal. 


*Romanos 7.13
"E então, o que é bom se tornou em morte para mim? De maneira nenhuma! Mas, para que o pecado se mostrasse como pecado, ele produziu morte em mim por meio do que era bom, de modo que por meio do mandamento ele se mostrasse extremamente pecaminoso."

 A característica do pecado é produzir a morte, se o pecado não produzisse a morte, então o pecado não seria pecado. O mandamento veio para dar vida, mas como o indivíduo é mal, quando ele sabe que não pode mentir por exemplo, ele vai mentir, mesmo que não minta, porque a mentira está nele, e se a mentira está nele, então mesmo que ele saiba que não deve fazer-lo, já o fez porque já desejou fazer e é aí que o pecado mostra o quanto ele é realmente  pecaminoso. Poque quando ele usa o que é santo para tornar o indivíduo mais impuro, pecador e mal, ele revela aquilo que ele é de fato.

*Romanos 7. 14 

"Sabemos que a Lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado."

A Lei é relativa ao espírito, criada para agir na alma do indivíduo e torna-lo santo e bom. Só que a Lei enfraquecida pela fraqueza do indivíduo não é capaz de produzir um efeito vivificador, pois o ele pertence ao pecado. O que é um escravo? É alguém que que não pode agir por si mesmo, pois está totalmente influenciado por uma força externa. O indivíduo é controlado pelo pecado, de modo que não tem outra coisa a fazer se não pecar, por isso quando ele peca faz aquilo que lhe é próprio fazer.

*Romanos 7. 15 - 17
"Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio. E, se faço o que não desejo, admito que a Lei é boa. Neste caso, não sou mais eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim."

Por que o indivíduo não faz o que quer, mas sim o que odeia? Porque como ele está consciente da Lei ele quer fazer o que a Lei diz, mas como não pode porque é escravo do pecado, acaba pecando. Quando ele diz que faz o que não quer, ele mostra que o problema não está relacionado a Lei, mas sim a ele mesmo, ou seja, ao pecado que vive nele.


*Romanos 7. 18 - 20
"Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim."

A carne é a natureza pecaminosa do indivíduo, é como dizer que aquilo que forma o indivíduo há pecado. Pela Lei ele quer ser santo e bom, mas nunca será porque sempre que ele quiser ser, ele não vai conseguir ser, pois sempre que ele quiser falar  por exemplo a verdade, ele vai mentir, porque quando ele perceber que é obrigado a não mentir, vai está querendo mentir, porque nele há mentira; logo se ele não quer mentir, mas mente, já não é ele quem mente, mas o pecado que foi despertado pelo mandamento, o fará fazer isso.


Romanos 7 21- 23
"Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros."


O indivíduo quer cumprir a Lei de Deus, pois ele sabe que tem que faze-lo ou ao contrário sofrerá a condenação e também porque está consciente do pecado. Vou citar um outro mandamento como para melhor compreenção. A Lei diz que se deve amar a Deus de todo o coração, alma e forças e ao proximo como a si mesmo; O indivíduo no seu intímo quer amar a Deus e ao próximo, pois sabe disso, mas não pode faze-lo, pois é escravo do pecado, de sorte que, está impossibilitado por causa da fraqueza de sua natureza, realizar tal feito, é por isso que jamais amará a Deus e ao proximo como se deve amar de fato. 


*Romanos 7. 24 - 25
"Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, com a mente, eu próprio sou escravo da Lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado."



Ele tem a Lei de Deus e a conhece, mas não pode cumpri-la. Por que não pode cumpri-la?  Porque sempre que quiser cumprir os mandamentos no coração não pode cumpri-los, pois seu coração é mal. Então Paulo diz miserável homem que sou, pois não há saída, mas pela Graça de Jesus, o indivíduo é liberto do pecado, de modo que como a mente é dominado pela a Lei de Deus, mas pela sua natureza coberta de pecado, escravo do pecado.(Ian)