Acabei de chegar e logo encontro
um velho amigo que esperava-me na entrada.
Niil, era um homem desprovido de fé, mas bem realístico. Enquanto
andávamos pelas “ruas” da Universidade, ele me mostrava o que havia no interior
da matéria, e não o que se ver quando se está sentimentalmente “feliz” com aquela
coisa que é necessária a todos os homens, a ilusão.
Logo depois, enquanto me despedia
do meu velho amigo Niil, percebi a realidade por si mesma. Eu vi uma gigantesca
máquina de modelagem, modelando objetos da mesma natureza. Essa máquina era
subordinada a um Sistema maior que necessitava desses objetos e que eram
controlados por um certo senhor conhecido como “mercado”; um senhor muito
rígido e autoritário, do qual já tinha ouvido falar. A gigantesca máquina
modelava os objetos, imprimindo neles um certo conhecimento utilitário, onde
quem melhor fazia uso desse conhecimento, poderia ser selecionado por aquele
certo senhor. Uma vez selecionados, os objetos eram levados ao Sistema,
encaixados nos espaços reservados para eles, e com isso eles mantinham o Sistema
em funcionamento, pois as velhas engrenagens eram substituídas umas pelas outras
de tempo em tempo, devido ao desgaste.
Algum tempo depois, fui informado
que aquele velho amigo foi preso, julgado pelo Sistema e sentenciado a morte
existencial, simplesmente por uma razão: ele possuía um espírito livre. (Ian)
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